" EU LIGO PARA CURITIBA!" não tem nada a ver com campanha de telefônia, e sim com a irreverência da campanha publicitária eleitoral de um grande amigo meu! Uma campanha que vem com esse interesse de gerar inicialmente uma ambiguidade para despertar o interesse das pessoas, mas que por consequência norteia toda sua proposta de atuação politica que vai sendo desvendada aos poucos, a medida que o interessado começa a entrar em contato com outras ferramentas da internet como a comunidade "EU LIGO PARA CURITIBA!" no orkut ou seu video de campanha no youtube. Este último, que aliás eu disponibilizo abaixo, feito de forma engraçada e com conteúdo para tentar fixar sua marca na cabeça dos eleitores.
Esta campanha vem na nova tendência mundial do uso da internet como ferrementa fundamental de estratégia eleitoral, que ganhou bastante destaque com as atuais pré-eleições presidenciais Norte-Americanas, principalmente na figura de Barack Obama, que melhor soube extrair os beneficios desta ferramenta.
No Brasil o uso desta ferramenta é bastante incipiente, mas com certeza será cada vez mais e melhor utilizada, uma vez que, segundo dados recentes, quase cinquenta por cento da população brasileira tem acesso a internet, e a tendência é só aumentar.
Marcas como Positivo e Itautec, por exemplo, demonstram estar voltando seus olhos justamente para a parte da população que não tem acesso a esse tipo de tecnologia, ou seja, as camadas mais baixas da sociedade, vislumbrando seu grande potencial consumidor ao estilo “Negócios para a Base da Pirâmide” de Muhammad Yunus. Este comportamento aliado à programas de inclusão digital do Governo permitem computadores pessoais mais baratos e/ou facilidades de crédito para a aquisicão dos mesmos, consequentemente tornando a internet cada vez mais acessível, e o que é melhor, no conforto de suas casas. Isto sem falar no advento da TV Digital.
E independente da quantidade de pessoas que conseguem acessá-la, a internet se configura como um grande meio de comunicação pela facilidade, diversidade e universalide da informação, se diferenciando de outros meios devido a conectividade e a interatividade de seus usuários, que podem tanto “consumir” passivamente como também produzir ativamente tal informação, convertendo comunicação de massa em comunicação de nichos. Portanto, neste “mundo da internet”, onde o eleitor tem o poder da informação, da escolha e da participação, onde as relações entre os usuários, ou neste caso específico, entre candidato e eleitor, proporcionam transparência, e onde o custo para promoção da campanha eleitoral é quase zero, a utilização de suas ferramentas se torna cada vez mais decisiva nas eleições e presentes nas estratégias de campanha.
Claro que muito ainda precisará ser feito, principalmente no desenvolvimento da legislação eleitoral que deverá regular suas relações, mas sem contanto impedir ou limitar o seu uso. No entanto, os pioneiros que souberem utilizar as ferramentas da internet e criar uma barreira, à moda de Michael Porter, com este conhecimento adquirido terão uma grande vantagem competitiva com relação aos outros candidatos.
